segunda-feira, 18 de maio de 2015

Recriando o tempo e o espaço na Cidade Baixa - Bahia Seculo XVII

Tive que ir ao Banco do Brasil, que fica no Comércio. Deixei o carro no Shopping Bela Vista e peguei o metrô, a ideia era sair na estação da Lapa e descer andando para o comércio, mas, pelo adiantado da hora, resolvi pegar um ônibus para a Praça da Sé, e de lá descer o elevador, e foi o que fiz. Saio do elevador e ando pelo comércio, pois não consigo chamar diferente àquela parte da cidade, mas ando ali agora com os olhos de ver. Não quero mais olhar somente, quero olhar mesmo com os olhos de ver. Primeiramente ver o inevitável e o inegável, que é a Beleza da cidade. Não há nada mais bonito e agradável de olhar, do alto da cidade alta, como o fiz antes de adentrar ao Elevador Lacerda, e como poderia ter feito na Praça da Sé ou até mesmo na Vitória ou  um pouco mais além, a nossa Baia de Todos os Santos. É extremamente reconfortante ao olhar, aos sentidos na sua totalidade. Mas, mais importante de que a constatação de tanta beleza, é olhar esta beleza e ver todas as coisas que a rodeiam. A visão da Baía de Todos os Santos me cativa, ela é externa a mim, e isto me dá a justa noção do que vejo: Merleau-Ponty já dizia “que a visão nos cativa não apenas por ser uma jornada em direção às coisas externas, mas também por significar volta a uma realidade de origem, representada nos objetos percebidos à distância”.[1]